Contos de Úrsula

Eu adoro comprar vinil e cada vez mais fica difícil encontrar um sebo com boas opções. Mas um tempo atrás, um caminho errado - literalmente - me levou à uma pequena loja que para quem curte LP é o paraíso, então virava e mexia passava por lá para ver o arquivo deles, bater papo com o pessoal com o mesmo hobby e comprar alguns clássicos. Nessas minhas idas, notei que Felipe - dono do lugar - era sempre atencioso comigo, me ajudava a garimpar com um afinco incrível e gostava de me agradar dizendo que "pensou em mim" e separou um tesouro. Agradável, bonito, gostoso... e comprometido. A namorada dele sempre estava por lá. Atenta. Ele não mudava (muito) o comportamento com a presença dela, o que achava bacana. "Não é duas caras", pensei certa vez. Em alguns momentos, tenho que admitir, embarcava nas "brincadeiras" dele, mas nada além disso. Diria até que mantinha uma certa distância na maioria das vezes. Me fazia de desentendida com as indiretas ou elogios... bom, isso até o dia que bati com a cara na porta.

Fui até a loja no intuito de comprar um vinil para um amigo, mas sabia da possibilidade de chegar em cima da hora de fechar. "Que merda! Fecharam mais cedo?", falei frustrada olhando para porta fechada. "Foi, mas para cliente especial posso abrir", ouvi uma voz ao meu lado. Ele - para variar - estava um arraso. Fiquei meio sem graça por ele ter escutado minha reclamação. "Não precisa. Obrigada", falei tentando fugir daquela tentação. "Venha", ele abriu a porta, foi entrando e me puxando. Trancou, me encarou e perguntou: "Em que posso ajudar?". Expliquei a situação, falei do gosto musical do meu amigo e fomos garimpar. Estava um pouco desconcertada por estarmos só nos dois com a loja fechada... "Estava entrando no carro quando notei você vindo em direção a loja...", comentou quebrando o silêncio e completou: "Não perderia a oportunidade de ficarmos sozinhos". Respirei fundo."Acho que vou dar um sabonete de presente. Obrigada pela gentileza e desculpa atrasar o encontro com sua namorada", falei me dirigindo a porta.

E entre aqueles corredores apertados, repletos de vinis e alguns livros, ele segurou em meu ombro atrás de mim e disse: "vamos deixar o mundo lá fora". "Simples assim, neh?", pensei virando e o encarando. Estava formulando uma resposta atrevida quando ele me beijou. Um beijo molhado... gostoso... ele passou as mãos pela minha cintura e me aproximou... fodeu!

Larguei bolsa e o vinil que segurava e enfiei meus dedos naqueles cabelos rebeldes. A loja cheirava a coisa velha, estava quente, abafada... mas aquele beijo... nem nos meus melhores sonhos ele beijava tão bem... e sem cerimônia desci minhas mãos pelas suas costas (Uau!)... apertei sua bunda... peguei em seu pau duro que pressionava o jeans... gemi em seus lábios... nos afastamos e nos encaramos mais uma vez.... nossa respiração entregava o quanto estávamos excitados... ele enfiou as mãos por baixo do meu vestido e foi descendo minha calcinha... engoli em seco e pensei: "ainda dá para desistir"; mas eu não queria e segurei firme o cós de sua calça, desabotoei e libertei seu pau. Estávamos num espaço super apertado, tínhamos pouco tempo... "Isso é loucura!", falei avaliando nossa atitude. "Pois é. Vamos ser loucos", falou me beijando mais uma vez... e foi isso que fiz... me entreguei aquela loucura. Consegui me inclinar um pouco para frente,  dei uma chupada gostosa na cabeça de seu pau, peguei a camisinha que ele me estendia e fui desenrolando devagar... ele arqueou de leve para trás e gemeu. Virei de costas para ele, apoiei meu pé numa pequena pilha de livros ao nosso lado e empinei um pouco a bunda. Ele estava ofegante... senti quando passou o pau entre minhas pernas dando leves batidas na minha vagina... abri um pouco mais as pernas... e gemi baixinho quando ele me penetrou.... estava com o corpo ereto pela falta de espaço, e o sentia bem colado a mim... que gostoso... o movimento de sobe e desce era forte, e meu quadril ia no sentido contrário ao dele... que gostoso... suas mãos inquietas... apalpavam minha bunda, apertavam meus seios... com o dedo fazia suaves círculos no meu clítoris... hum... senti meu orgasmo chegando... inclinei minha cabeça para lado procurando sua boca... que beijo... ele sugava minha língua, mordia meus lábios... minhas mãos grudaram em suas coxas.... cravei minhas unhas ("espero que não marque!", pensei num momento de lucidez), ele gemeu enfiando o nariz nos meus cabelos e disse em seguida: "Goze pra mim. Goze...quero passar por aqui e sentir seu cheiro". E atendendo ao seu pedido, gozei gemendo abafado... e a intensidade do meu gozo o fez gozar... e ele permaneceu dentro de mim até nossa respiração desacelerando...

Ahh, querido diário, apesar de não ter mais cara para frequentar a loja - o que é uma pena - e está espirrando até hoje por causa da poeira, que trepada gostosa!

• Nota: 9
• Parceiro: Felipe (LPs)
• Habilidades: beijo e movimento
• Status: Na moral vacilante

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